“Não com o meu voto”

“Não com o meu voto”

06/11/2014 0 Por Tieza Vereadora
Foto: Angelo Cardoso / TV Câmara

Foto: Angelo Cardoso / TV Câmara

No último dia 3 de novembro, na 36ª Sessão Ordinária da Câmara, as homenagens tomaram conta do Grande Expediente, restando tempo apenas para a discussão e votação de um requerimento de informações. No voto de pesar pelo falecimento de Nilson Pereira da Silva, o Tuta, a vereadora Tieza, autora do Hino da AEA – Associação Esportiva Araçatuba e que assistiu, na década de 70, ao lado do marido Lupércio, à época seu namorado, as gloriosas partidas do time do coração dos araçatubenses, pronunciou-se lembrando da atuação destacada desse grande ponta direita.

No Pequeno Expediente, após a manifestação de um dos vereadores inscritos, a parlamentar pediu um “pela ordem” e, demonstrando grande indignação e irritação, teceu sérias críticas à atitude “miúda dessa Administração, que insiste em desprestigiar o trabalho dos vereadores que não integram a bancada do prefeito” atribuindo aos aliados dele – do prefeito – o atendimento a pedidos já em tramitação. A vereadora Tieza citou o caso do Espaço Pedro e Maria, um projeto das mulheres do Jardim Paulista, que reivindicavam uma área no bairro para o plantio de árvores; a passagem sobre um córrego nas Chácaras Recreio Alvorada, que inunda com qualquer chuva; e a recuperação do asfalto do pátio da Rodoviária; entre outras.

Durante a Ordem do Dia, o ponto alto foram as discussões do projeto de lei que instituía o PMGIRS – Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos. Esse plano, de grande importância para a população em geral, dispõe sobre as formas de administrar os resíduos gerados no município, resíduos como os domiciliares, comerciais, volumosos, de poda e capina, da construção civil, resíduos de saúde, e outros. A vereadora Tieza, que acompanhou desde o início o trabalho de elaboração do documento e participou ativamente do movimento contra a instalação de um mega aterro sanitário na cidade, conhecido como “lixão”,  lamentou o tempo exíguo para expor suas considerações e votou contra o projeto porque esperava “muito mais dele. Esperava que o plano apresentasse de forma vigorosa, as ações necessárias para enfrentar os graves problemas que a cidade tem em relação ao lixo de diversas naturezas”. Nos seus pronunciamentos, Tieza disse que o prefeito “desprezou a luta legítima do povo da cidade, que não quer esse empreendimento na região da Prata; e a oferta dos profissionais da “casa”, a quem ele prometera participação e engajamento na elaboração do plano”.  Duras críticas foram feitas à ausência de propostas de soluções de curto prazo para problemas como os pontos irregulares e inadequados de entulho espalhados pela cidade; a falta de políticas para reciclagem, coleta seletiva e logística reversa. Por fim, Tieza alertou de que o mega aterro sanitário pretendido pela Estre está a caminho, sobretudo porque o plano se omitiu – propositadamente na opinião dela –, quanto a identificação de áreas para instalação de um aterro municipal. Mas, apesar dos consistentes argumentos apresentados, o plano foi aprovado por 6 votos a 5. Lamentando, Tieza disse a um repórter: “foi aprovado mas não com o meu voto.”