‘Quem batalhou os votos fui eu’, diz Tieza sobre eleição para presidente da Câmara

‘Quem batalhou os votos fui eu’, diz Tieza sobre eleição para presidente da Câmara

05/01/2019 0 Por Tieza Vereadora

A presidente da Câmara de Araçatuba, Tieza Marques de Oliveira (PSDB), declarou que o mérito de sua eleição para o comando da Mesa Diretora, realizada no mês passado, foi mérito dela própria. “Eu penso que qualquer outra interpretação deste processo não é verdadeira, porque tenta desqualificar o trabalho e o meu esforço para representar a Câmara como presidente”, afirmou Tieza.

Em entrevista publicada no último domingo (30/12) pela Folha da Região, o vereador Rivael Papinha (PSB), que disputou a reeleição com Tieza, mas acabou não conseguindo vencer a disputa, disse que a atual Mesa Diretora foi composta pelo prefeito de Araçatuba, Dilador Borges (PSDB), que conseguiu os votos de Almir Fernandes Lima (PSDB) e Alceu Batista (PV) faltando poucos dias para a eleição. Segundo o pessebista, nessa ocasião ele já tinha os votos necessários para ser reeleito.

No entanto, a tucana disse que, já na reunião que teve com o prefeito para dizer que deixaria a Secretaria de Cultura para retornar ao Legislativo e pretendia disputar a eleição para presidente da Mesa Diretora, Dilador lhe falou que não iria interferir. “Ele me disse assim: se vira”, contou Tieza. De acordo com ela, o chefe do Executivo disse que Papinha e Jaime José da Silva (PTB) eram os candidatos. “Falei para ele que iria me virar”, disse a tucana.

ARTICULAÇÃO
A presidente da câmara contou que, a princípio, procurou Jaime e que ele já tinha um grupo formado pelos vereadores Denilson Pichitelli (PSL), Gilberto Mantovani, o Batata (PR), Cido Saraiva (MDB), Cláudio Henrique da Silva (PMN) e Antônio Edwaldo Dunga Costa (DEM). Conforme Tieza, ficou combinado que quem conseguisse articular mais um voto seria candidato a presidente.

Após isso, a tucana disse que foi em busca do voto de Almir, com quem conversou bastante, em especial, sobre a importância da união das pessoas no PSDB, que disputou o governo do Estado contra o PSB – legenda de Papinha. “A única coisa que o Almir me falou é que ele gostaria de integrar a Mesa Diretora”, comentou Tieza.

Depois de falar com Almir, Tieza voltou a dialogar com o grupo liderado por Jaime. “Quando o Almir se comprometeu conosco, a gente já fez oito (votos). Com sete eu já ganharia a eleição para presidência, porque eu tive mais votos nas eleições municipais de 2016 do que o Papinha. E se fosse o Jaime o candidato nesse grupo ele também ganharia do Papinha pelo mesmo motivo”, explicou Tieza.

Mesmo assim, a vereadora disse que conversou com os demais parlamentares, inclusive com Papinha. Segundo Tieza, mais tarde, Saraiva explicou que não votaria nela, mas Alceu acabou vindo para o seu lado na disputa, o que, para ela, fortaleceu muito a Mesa Diretora.

INTERFERÊNCIA
“Eu fico muito triste quando as pessoas dizem da interferência do Dilador na eleição desta mesa. (…) Se o Dilador interferiu, apoiou, pediu votos, alguma coisa, isso não passou por mim. Porque quem foi batalhar os votos fui eu; um a um dos vereadores. Conversei com todos eles”, falou a presidente da Casa.

Além disso, Tieza ressaltou que Papinha teve apenas o próprio voto. Ela acrescentou que chegou a conversar com Carlinhos Santana (SD) para lhe pedir voto, sendo que o vereador disse que não havia fechado com Papinha e que iria votar em Flávio Salatino (MDB).

Reportagem de Ronaldo Ruiz Galdino/Folha da Região, publicada em 04/01/2019. Foto: AG Cardoso/Câmara – 03/12/2018