Quem paga o prejuízo bilionário da Petrobras?

Fonte: Portal do PSDB por Armando Fontoura, presidente da Juventude do PSDB do Espírito Santo

Armando Fontoura – Foto PSDB Jovem ES

Há sete anos, uma imagem ficava nacionalmente conhecida e era usada em massa para propagar a força da Petrobras. O presidente Lula vestido com o jaquetão alaranjado dos trabalhadores das plataformas da estatal em alto-mar, capacete e óculos protetores e a palma da mão estendida coberta pelo negro do petróleo. Ali, o PT começou a abrir os cofres da estatal para difundir ampla campanha de marketing. O objetivo era vangloriar o partido por transformar o país auto-suficiente na produção/consumo. A primeira das mentiras, pois hoje se sabe que o Brasil continua importando grande volume de petróleo.

De 2006 até agora, o que se percebeu foram movimentações internas na Petrobras, manobradas pela mão política do PT, sem que houvesse um alarde imediato dos perigos que elas traziam. Talvez pela já consagrada eficiência dos marqueteiros que sempre têm logrado êxito quando a missão é abafar a incompetência administrativa e gerencial dos petistas à frente do governo federal.

Neste período, Lula começava a fazer da Petrobras moeda de troca no seu jogo pessoal para se tornar referência política na América Latina. Exemplo disto foi o absurdo acordo com a Venezuela do falecido comandante Hugo Chávez para a construção de uma refinaria binacional em Abreu e Lima/PE.

O presidente venezuelano e a estatal venezuelana PDVSA – sócia no empreendimento – nunca cumpriram o acordo e a Petrobras, empresa do povo brasileiro, até hoje arca com o prejuízo financeiro causado pelo projeto pessoal do ex-presidente Lula. A refinaria continua sem operar, seus custos já são 650% maiores do que o valor orçado inicialmente (R$ 2,3 bilhões) e a Petrobras está a poucos passos de ter de arcar com um prejuízo de R$ 1,5 bilhão em calote da PDVSA.

No caso boliviano – mais uma aventura bananeira de Lula com dinheiro público -, a Petrobras viu, da noite para o dia, seu patrimônio ser tomado por um decreto do presidente Evo Morales. A planta da empresa para exploração de gás construída em solo boliviano foi simplesmente nacionalizada sem nenhum ressarcimento em 2006. Sabedor da sua irresponsabilidade como presidente da República no episódio, Lula se calou e novamente, os marqueteiros foram convocados para jogar a sujeira para debaixo do tapete.

Se Lula brincava de governar com o dinheiro público, sua sucessora, a presidente Dilma Rousseff, iniciava uma nova era de irresponsabilidades petistas à frente da Petrobras. Avessa ao circo dos holofotes, ela sempre preferiu operar no campo da gerência.

Apesar disto, Dilma não conseguiu fugir dos problemas. Quando ministra de Minas e Energia, ela rapidamente deixou à vista sua incompetência para gerenciar e tomar decisões. E não demorou a seu desempenho refletir negativamente na Petrobras.

Foi da então ministra Dilma Rousseff, presidente do Conselho de Administração da Petrobras, a decisão de comprar uma refinaria em Pasadena, nos Estados Unidos. Um negócio podre pelo qual o PT gerou prejuízos de R$ 1 bilhão aos cofres públicos.

Hoje, nem mesmo os competentíssimos marqueteiros do PT conseguem mais esconder os números dos prejuízos bilionários causados pelo partido ao caixa da Petrobras. A bola de neve ficou tão grande que não houve peça publicitária capaz de escondê-la.

E novamente, surge o dilema quando uma administração irresponsável toma conta de algo público: quem pagará pelos prejuízos bilionários que o PT causou ao povo brasileiro ao brincar com a Petrobras?