Não dá para competirâ€, análise do ITV
28/05/201528 de maio de 2015
Ontem foi divulgado um dos dois mais respeitados rankings sobre a competitividade no mundo, produzido pelo IMD (International Institute for Management Development) – o outro sai em setembro, publicado pelo Fórum Econômico Mundial. O Brasil aparece muito mal na lista da instituição suíça: é apenas o 56° entre 61 nações.
O ranking é feito desde 1989 e nunca antes o país esteve num nível tão baixo. O Brasil perdeu posições pelo quinto ano consecutivo, e agora aparece à frente apenas de Mongólia, Croácia, Argentina, Ucrânia e Venezuela – economias conflagradas por conflitos ou em processo de desestruturação interna.
Desde 2010 o país só tem feito cair no ranking do IMD. Já são 18 posições, a maior queda registrada no período entre todos os países que compõem a lista da instituição sediada na Suíça. Cinco anos atrás, o Brasil era a 38ª nação mais competitiva do mundo; desde então, despencou.
De acordo com o IMD, o Brasil tem seu pior desempenho no indicador referente à eficiência de governo, que abrange impactos do ambiente político, institucional e regulatório sobre a competitividade de cada país. Desde 2011, o país está entre os cinco piores do mundo neste quesito; agora foi ao fundo do poço, à frente apenas da Argentina.
No item subornos e corrupção, o Brasil não perde para ninguém na lista deste ano e aparece “vergonhosamenteâ€, segundo o IMD, na última posição do ranking. Em todos os indicadores, incluindo produtividade, eficiência e infraestrutura, o Brasil está sempre entre os dez piores do mundo.
As constatações do ranking suíço – que avalia cerca de 300 indicadores, dos quais 2/3 baseados em estatísticas e o restante em pesquisa feita junto a mais de 6 mil executivos em todo o mundo – são bastante aderentes ao sentimento presente hoje entre os brasileiros.
A desilusão com o país é a maior desde o advento do Plano Real, mostra pesquisa realizada pelo Ibope e divulgado hoje por O Estado de S. Paulo. Nada menos que 48% dos brasileiros se consideram pessimistas ou muito pessimistas com o futuro do país. É o maior índice de desalento em 22 anos.
Sob o PT, o país tornou-se um dos piores lugares do mundo para se fazer negócio, comprometendo a geração de empregos e renda. Sob o governo do PT, o Brasil tornou-se um país com o presente comprometido e um futuro incerto.