A Eliezer e o povo do Traitu, Claudionor Cinti e Morada dos Nobres
10/09/2015Conforme ia ficando evidente que o prefeito estava desistindo de uma das mais espetaculares obras de engenharia viária de nossa cidade, chamei 3 vereadores da base aliada dele e pedi que fossem até o DER, conhecer o projeto de duplicação da Eliezer. Sei que eles ficaram impressionados – como eu – com a grandeza e eficácia da proposta. Mas, com todo respeito, e infelizmente, eles não convenceram o prefeito, que acabou rompendo o contrato, já assinado. Nem vou fazer referência ao transtorno que permeia o rompimento de um contrato mas faço questão de recordar o argumento usado à época, pela prefeitura, de que o dinheiro que iriam dispor para fazer as desapropriações, poderia recuperar muitos metros de asfalto. Recuperou? Será? Sabemos a resposta.
Eu até argumentei se não estaríamos diante de dano ao patrimônio público; se não haveria nesse descaso, uma violação da “obrigação de fazerâ€; e se não se tratava de uma grande irresponsabilidade com o dinheiro do povo, pois o projeto de duplicação da rodovia acabaria solucionando graves problemas de tráfego que existem na região dos bairros Morada dos Nobres, Claudionor Cinti, Antônio Pagan (Traitu) e todos os demais que têm ligação com esses. Até hoje, meu coração me diz que pode ter havido sim prejuízo ao erário. Ora, se economizamos com as marginais – que são de responsabilidade do município, custam caro e estariam embutidas no projeto original – , não sobraria dinheiro para realizar outras melhorias na região? Quem sabe, com essa economia, não poderíamos recapear todas as ruas desses bairros e resolver problemas como o da Juscelino Kubitschek, entre outros? Fica a pergunta.
Mas, hoje, 10 de setembro de 2015, vimos o projeto original novamente. Desta vez, com um grupo de moradores desses três bairros, e a indignação se abateu sobre todos. Se não tivesse faltado boa vontade, a complicada rua Honório de Oliveira Camargo seria, desde o segundo semestre de 2013, uma bela avenida, com canteiro central iluminado e passeio público agradável, seguro e confortável dos dois lados. Da rua Aguapeí até a José Canovas Andreu (perto do “terminal de açúcarâ€), trafegaríamos tranquilos por marginais, rotatórias e viadutos, que organizariam o trânsito e o acesso aos bairros. Que pena; essa obra espetacular ficou na saudade!
E, nas visitas feitas nos últimos dias aos bairros lindeiros à esse trecho da Eliezer Montenegro Magalhães, cuja construção acabou se restringindo à estrada e aos acessos inerentes à ela, causou-nos grande preocupação o trânsito naquela região. Acionamos então o DER e a Secretaria de Mobilidade Urbana, visto que será necessário e urgente, adotar medidas para promover a movimentação entre os bairros e garantir a segurança de pedestres e dos condutores de veículos. Modificações no trajeto dos ônibus circulares, implantação de acessos alternativos e recuperação de ruas, como a Décio Sampaio, são algumas das propostas que deverão ser implementadas pela prefeitura para que a população não corra riscos.
Diante de tudo isso, a duplicação da Eliezer acabou sendo um sonho, parcialmente realizado.
Tieza Lemos Marques
Vereadora – PSDB